As cidades com o metro² mais caro do Brasil e como esse valor evoluiu nos últimos 10 anos

O mercado imobiliário brasileiro viveu oscilações na última década, mas cidades como Balneário Camboriú, Itapema e Vitória se destacaram pelo alto valor do metro quadrado. Em Balneário, por exemplo, o preço praticamente dobrou em 10 anos, impulsionado pelo turismo de luxo, novos empreendimentos e demanda de investidores. O litoral catarinense lidera o ranking de 2025, seguido por São Paulo e Curitiba, com valorização movida por infraestrutura, locação por temporada e busca por imóveis de alto padrão.

Como a retomada dos juros globais ainda impacta o brasil e o dólar

Mesmo com as notícias sobre a alta dos juros globais tendo ganhado força lá em outubro de 2024, os efeitos desse movimento seguem firmes no nosso dia a dia. Com o FMI, a OCDE e os principais bancos centrais dos EUA e Europa sinalizando que a queda nos juros vai demorar mais do que o previsto, o mercado brasileiro continua sentindo os reflexos — e o dólar, claro, é o primeiro a reagir.
Nos últimos meses, o dólar voltou a se valorizar frente ao real, passando de R$ 4,90 para patamares acima de R$ 5,20. Isso acontece porque, com juros altos lá fora, investidores globais tiram dinheiro de mercados emergentes como o Brasil para buscar rentabilidade em títulos americanos ou europeus, considerados mais seguros. E essa fuga de capital pressiona a nossa moeda.
Além disso, os juros globais em alta seguram também a inflação importada e dificultam que o Banco Central brasileiro corte a Selic no ritmo que o mercado gostaria. Ou seja, o custo do crédito, os preços de produtos importados e até as negociações de contratos atrelados ao dólar seguem sendo afetados por essa dinâmica internacional.
E por enquanto, a expectativa é de cautela. O mercado monitora de perto os próximos movimentos do Federal Reserve (EUA) e do Banco Central Europeu, que seguem priorizando o controle da inflação antes de qualquer alívio nos juros.
Por aqui, a regra continua a mesma: olho no dólar e no cenário externo antes de planejar os próximos passos da economia.

Os hotéis mais icônicos do Brasil e suas histórias

Alguns hotéis brasileiros vão muito além da hospedagem e se tornaram verdadeiros marcos da história e do turismo de luxo no país. O lendário Copacabana Palace, no Rio, o exclusivo Belmond Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu, e o sofisticado Palácio Tangará, em São Paulo, não apenas recebem celebridades e personalidades históricas, mas também valorizam o mercado imobiliário ao seu redor. Experiências nesses ícones custam a partir de R$ 2.500 a R$ 3.000 a diária — valores que sobem em datas especiais e ainda assim mantêm listas de espera.

FICCÇÃO x REALIDADE. Cenários de novelas e séries brasileiras ajudam a valorizar bairros e regiões

Não é de hoje que novelas e séries conseguem mexer com o imaginário das pessoas. Mas além de ditarem moda e lançar bordões, essas produções também movimentam o mercado imobiliário. Cenas gravadas em bairros específicos ou em imóveis marcantes acabam valorizando essas regiões e despertando o interesse de novos moradores e investidores.

Foi assim com Avenida Brasil, que em 2012 colocou os bairros de Curicica e Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, no radar de quem buscava imóveis com preço mais acessível, mas com boa infraestrutura. Dados da Secovi Rio mostram que o valor do metro quadrado nesses bairros subiu até 18% nos dois anos seguintes à novela.

Mais recentemente, a série Dom, da Amazon Prime Video, aumentou a procura por imóveis em Santa Teresa e Cosme Velho, no Rio, conhecidos pelas ladeiras e pela vista incrível. “Tem cliente que chega no plantão dizendo que se apaixonou pelo bairro depois de ver a série”, contou Fernanda Ribeiro, corretora da região.

E não para por aí. Todas as Flores, novela da Globoplay, gravada na Barra e Itanhangá, fez as buscas por imóveis nessas áreas crescerem 12% no mês seguinte à estreia, segundo o QuintoAndar. Incorporadoras, inclusive, têm usado isso a seu favor em campanhas e tours temáticos, explorando o desejo que nasce na telinha e ganha força na vida real.

Como o plano “Nova Indústria Brasil” deve impactar o mercado imobiliário e de infraestrutura

Anunciado em janeiro de 2024, o programa Nova Indústria Brasil prevê R$ 300 bilhões até 2026 para modernizar a indústria e incentivar a inovação. Embora voltado ao setor industrial, os impactos devem chegar rapidamente ao mercado imobiliário e à infraestrutura urbana, com a criação de novos polos produtivos e modernização dos existentes.

Esse movimento tende a aquecer a demanda por galpões logísticos, loteamentos e condomínios residenciais próximos a áreas industriais. Além disso, o plano estimula obras públicas e privadas, favorecendo a valorização de bairros e cidades. Assim como ocorreu com o PAC, espera-se um efeito cascata que combine desenvolvimento econômico e investimentos sustentáveis, influenciando a dinâmica do mercado imobiliário regional.

Onde tem indústria nova chegando, tem infraestrutura se expandindo e mercado imobiliário se movimentando. Ficar atento a esses anúncios pode revelar boas oportunidades para investidores e incorporadoras nos próximos dois anos.

Como o público 60+ está transformando a demanda no mercado imobiliário

Como o público 60+ está transformando a demanda no mercado imobiliário
Quando se fala em tendências no mercado imobiliário, muita gente imagina o público jovem, recém-casados ou investidores em busca de imóveis compactos e modernos. Mas quem vem mudando o jogo mesmo são os brasileiros com mais de 60 anos. Esse público, cada vez mais ativo e com expectativas específicas, está moldando o perfil de lançamentos e remodelando estratégias de construtoras e imobiliárias pelo país.

Segundo dados do IBGE, o Brasil deve ter mais de 58 milhões de pessoas acima dos 60 anos até 2060, e o impacto desse grupo já aparece no setor imobiliário. Com maior expectativa de vida, qualidade de saúde e independência financeira, muitos buscam imóveis mais confortáveis, acessíveis e próximos de áreas verdes, com boa infraestrutura de serviços e opções de lazer — não necessariamente empreendimentos voltados para idosos, mas projetos que garantam mobilidade, segurança e bem-estar para todas as idades.
O que eles procuram?

Segundo uma pesquisa feita pela Brain Inteligência Estratégica em 2024, 35% dos compradores de imóveis acima de 60 anos priorizam localização e segurança, enquanto 28% buscam imóveis com áreas de lazer bem equipadas e acessíveis.

O mercado já está se adaptando
Construtoras vêm ajustando projetos para atender esse público, com apartamentos de metragem intermediária, banheiros mais amplos, entradas sem degraus, portas largas, áreas comuns com boa iluminação e academias voltadas também para atividades de baixo impacto. O impacto vai além da arquitetura: há incorporadoras oferecendo serviços pay-per-use, como lavanderia e acompanhamento médico emergencial, e facilitando negociações para quem quer vender imóveis maiores para migrar para unidades mais práticas.

Mercado imobiliário mantém otimismo, apesar dos juros altos

O mercado imobiliário brasileiro vive um momento de otimismo impulsionado por fatores macroeconômicos, apesar da taxa Selic ainda elevada em 14,25% ao ano. A queda do desemprego, o bom desempenho das exportações e o crescimento da bolsa brasileira alimentam a confiança do setor, com 76% dos empresários planejando novos investimentos em 2025, segundo estudo da Sienge. Renato Lomonaco, da Abrainc, destaca que a valorização dos imóveis (10,7% desde março de 2023) e a alta dos aluguéis (63,6% desde 2020) reforçam a atratividade do setor para investidores, diante de uma demanda crescente impulsionada também por fatores demográficos.

No entanto, os juros elevados ainda representam um obstáculo importante, especialmente para a classe média. Enquanto a alta renda é menos sensível aos juros e a baixa renda conta com programas subsidiados como o Minha Casa, Minha Vida, a classe média sofre com parcelas pesadas, o que tem gerado uma desaceleração nas vendas desse segmento. Fabrício Schveitzer, do Sienge, alerta que, mesmo com bolsões de crescimento ligados ao agronegócio, há sinais de cansaço e possíveis impactos negativos no mercado se a Selic continuar alta por muito tempo.

82 bilhões

Esse foi o número de vendas imobiliárias registradas nos últimos 12 meses nos três estados do Sul, com destaque para Santa Catarina. A construção civil se consolida como um dos principais motores da economia da região, impulsionando o mercado imobiliário, gerando empregos e atraindo investimentos. Com cerca de 500 mil trabalhadores diretos no setor, o Sul apresenta o menor índice de desemprego do país e forte desempenho industrial, segundo dados da CNI e do IBGE.

Para discutir o potencial desse mercado, Curitiba sediará o evento “Construa Sul”, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), com a presença dos governadores da região e mais de 300 empresários. O encontro terá como foco os motivos para investir na construção civil no Sul, destacando parcerias público-privadas, investimentos em infraestrutura e habitação social, além de exemplos de sucesso que reforçam a importância estratégica do setor para o desenvolvimento regional e nacional.
demográficos.

No entanto, os juros elevados ainda representam um obstáculo importante, especialmente para a classe média. Enquanto a alta renda é menos sensível aos juros e a baixa renda conta com programas subsidiados como o Minha Casa, Minha Vida, a classe média sofre com parcelas pesadas, o que tem gerado uma desaceleração nas vendas desse segmento. Fabrício Schveitzer, do Sienge, alerta que, mesmo com bolsões de crescimento ligados ao agronegócio, há sinais de cansaço e possíveis impactos negativos no mercado se a Selic continuar alta por muito tempo.

Menor alta em 3 anos: o que está acontecendo com os aluguéis em SP e RJ?

Em maio de 2025, os preços dos aluguéis residenciais em São Paulo e no Rio de Janeiro registraram a menor alta acumulada desde o início de 2022, segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. Na capital paulista, a valorização foi de 8,68% em 12 meses, enquanto no Rio chegou a 10,13%, ambos os menores percentuais em três anos. Apesar da desaceleração, os preços seguem acima da inflação oficial, que acumula alta de 4,07% no período.
Especialistas destacam que o movimento não indica queda na demanda, mas sim uma estabilização saudável para o mercado, que mantém equilíbrio entre oferta e procura. A taxa de desconto — diferença entre o valor anunciado e o preço fechado — segue baixa, em 2,7% em São Paulo e 2,2% no Rio, confirmando o aquecimento do setor e a valorização contínua dos imóveis, ainda que em ritmo moderado.

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