A tecnologia vai substituir o papel do Corretor de Seguros?
Parte do time da Seg Imob participou do evento Corretor em Ação, organizado pelo Sincor MG, no dia 23 de junho em Uberlândia. Nosso CEO, Silvano Tucci, foi convidado a dividir o palco com Felipe Ramos da Granto Seguros para apresentarem seus modelos de negócio, compartilhando suas experiências com profissionais do setor presentes no evento. Confira a seguir um compilado deste bate-papo:
Fernanda Souza (mediadora): O que sua empresa agrega de solução para o mercado de seguros?
Silvano: Primeiramente queria agradecer pelo convite e dizer que o movimento que o Sincor está fazendo é muito importante para o setor. O que o corretor faz precisa ser relevante para o mercado e a gente nasceu pensando nisso. Nós percebemos que muitas corretoras estavam presas à morosidades operacionais, trabalhando com papel e isso o computador faz. O robô faz. Portanto, o robô tem que ir além disso. Nossa plataforma começou com uma planilha em Excel que foi se automatizando. Esse é o segredo. A gente nunca para! Não existe a plataforma, existe a construção de uma plataforma, a construção de um projeto. Cada dia que passa a tecnologia vai avançando mais e vamos ter novas possibilidades. E hoje eu vejo que o que a gente está fazendo é extremamente interessante pois conseguimos unir várias corretoras trabalhando na mesma plataforma com muito respeito e ética. É a tecnologia como ferramenta que proporciona eficiência e agilidade.
Fernanda: Qual é o segmento em que você trabalha e o que de fato faz a Seg Imob?
Silvano: No segmento de seguros imobiliários: Seguro Incêndio, Seguro Fiança, Título de Capitalização e Seguro Condomínio. Nós conectamos seguradoras, corretoras de seguros imobiliários e imobiliárias dentro da mesma plataforma. A gente desenvolveu uma plataforma que conecta todas as pontas dentro dos seguros imobiliários e que dá muito mais agilidade e eficiência na operação.
Fernanda: E este serviço não é cobrado, viu corretoras?! Qualquer corretora que esteja no segmento que o Silvano acabou de falar pode entrar em contato que estarão à disposição.
Silvano: A gente trabalha como um marketplace. Quem paga é quem está vendendo. Recebemos das seguradoras um percentual sobre o seguro para fazer esse trabalho comercial/operacional e criar essa capilaridade para eles.
Fernanda: Quanto tempo você demorou para construir essa plataforma que fosse aberta também para as outras corretoras?
Silvano: Há uns 10 anos e como eu disse, de uma forma bem simplória – bem distante do que é hoje. Mas tudo tem que começar, né? Para você chegar em algum lugar você tem que começar. E o começo é difícil, claro! Muitos desafios, muitas coisas novas, realidades que você nem pensava que iria existir. Mas depois as coisas vão se encaixando e você vai começando a ter clareza no que você precisa fazer, nas novas tendências e as coisas vão acontecendo.
Fernanda: Qual o tamanho do seu time hoje?
Silvano: Temos em torno de 60 colaboradores sendo que mais da metade é da área da tecnologia, seja como programador, Product Owner, Gerente de Projetos e uma parte da sustentação. Um terço de nossa equipe de T.I. trabalha apenas para manter o sistema funcionando. Por isso, nosso custo para manter as API’s com a seguradora é alto. Os outros dois terços são para a inovação, criação, desenvolvimento dos nossos produtos e a melhoria deles.
Digo isso porque não existe empresa estável – ou você está crescendo ou você está morrendo. Se você está parado você está morrendo. É preciso estar sempre criando, por mais absurdo que seja a ideia, você tem que ir para frente tentando.
Fernanda: Qual o número de processamento que vocês fazem hoje por mês e quais canais de venda que possuem?
Silvano: O mercado oscila muito. Hoje a gente faz algo em torno de 40 mil cotações e por volta de 25 mil contratos de seguros por mês. São mais de 90 corretoras que utilizam a plataforma e 3.900 imobiliárias clientes destas corretoras.
A gente atende o Brasil inteiro, com uma presença maior em São Paulo e em Minas Gerais, onde nosso braço começou.
Fernanda: A pergunta que todos estavam esperando: a tecnologia vai substituir o corretor de seguros?
Se você continuar a insistir em fazer um trabalho manual, um trabalho que a tecnologia consegue fazer – sim, ela vai substituir. Então, depende de você. Depende do que você faz e o que você representa no fluxo de trabalho. As corretoras só vão existir se elas se tornarem necessárias no mercado e isso não é porque a seguradora não gosta dela. Você só existe se for necessário.
Sempre digo aos nossos colaboradores que primeiro vem o relacionamento. Depois a gente busca fazer negócio. O relacionamento nunca vai acabar.
Confira abaixo trechos deste bate-papo: